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sábado, 3 de novembro de 2007

Nada e tudo

O pouco explica o tudo
O tudo explica o oco
o oco explica o nada
e o nada permanece incógnito.

A luz é para todos
O brilho para poucos
Viver só se for de susto
Contra a morte tento e luto.

O sábio tudo tenta
Por medo da ignorância
Corre do diabo e da cruz
Pensa que tudo é ciência.

O ignorante sabe muito
Do tanto que desconhece
A prece é de quem cresce
Como quem ouve e esquece.

A maledicência é do povo
Que tudo fala, tudo ouve
Crê na inocência e na verdade
Inveja os poderosos, gosta da caridade.

Então, a noite esconde os loucos
O dia os mostra certos
Nada parece o que é,
E o que é nada parece.

Guriri 02/11/2007